Gonçalo Dias vence na categoria experimental com curta-metragem”Apofenia” – festival CINEDITA
Gonçalo Dias, aluno de Comunicação e Design Multimédia da Escola Superior de Educação de Coimbra, foi um dos vencedores do Festival de Curtas – Cinedita, com o filme “Apofenia”, na categoria experimental. Quando soube que era um dos vencedores ficou “totalmente surpreendido”. Apesar de não estar à espera de vencer, “principalmente após ver o nível de produção das outras curtas a concurso”, Gonçalo Dias ficou “imensamente satisfeito” com o resultado, “por ser a minha primeira experiência num festival e ver o meu trabalho reconhecido”, referiu.
O CINEDITA – Festival de Curtas de Arganil é um festival de divulgação de curtas-metragens independentes, organizado pelo Agrupamento de Escolas de Arganil e pela C.U.M.E. – Cultura Urgente para a Mudança Enérgica com o apoio da Câmara Municipal de Arganil. Este evento cinematográfico concretizado num concurso de video dirigido a estudantes do ensino secundário e superior, visa distinguir a Melhor Curta-metragem de ficção, de Documentário, de Animação, Experimental e Melhor curta-metragem.
O vencedor na categoria de curta-metragem experimental considera que a participação nestes Concursos durante o curso “é extremamente importante” e permite “transpor o que aprendemos e praticamos nas aulas para um cenário real”. Para Gonçalo Dias, “em qualquer área criativa, o desafio proporcionado por concursos é vital para sairmos da nossa zona de conforto. Somos obrigados a expor as nossas criações não apenas num contexto de avaliação, mas também num contexto competitivo onde podemos crescer e conhecer o trabalho de outras pessoas”.
Sobre “Apofenia”, o filme vencedor na categoria experimental, Gonçalo Dias refere que “teve como base a narração de um texto, que fui construindo a partir de várias fontes, e que explora o significado científico da patologia da apofenia alargando-o a uma visão mais geral sobre a realidade. A partir do texto, foi construída a camada visual da obra. Esta camada visual não partiu de um guião rígido e estruturado; partiu de uma série de referências estéticas e imagens com poder visual, que foram depois enquadradas nas palavras proferidas ao longo da curta. A minha intenção foi retratar visualmente a luta entre seguir padrões estabelecidos e limitadores, ou ser intencionalmente espontâneo na exploração de novas interpretações da realidade. No entanto, o objetivo foi proporcionar sempre uma interpretação livre e interativa do espetador, desviando-o de uma perceção objetiva e fazendo com que este se torne parte do significado do filme”.
Para o estudante de Comunicação e Design Multimédia, “a inspiração para a realização deste filme surgiu a partir de duas vertentes: por um lado, uma reflexão interior sobre as minhas tendências e vícios comportamentais; por outro, a observação do que se sucede no mundo atual. Penso que vivemos, por vezes inconscientemente, absorvidos por normas e padrões socioculturais que limitam o nosso pensamento e as nossas ações. O indivíduo «anormal», que vê para além do óbvio e não se deixa limitar por fronteiras ideológicas, é marginalizado. Foi a partir da observação desta dualidade – a obsessão por padrões contra a liberdade de interpretações – que surgiu o conceito desta curta-metragem”.
Os 14 filmes apresentados a concurso foram avaliados por um júri constituído por três elementos: Tiago Cerveira, diplomado em Comnunicação Social pela ESEC, realizador de vários documentários premiados em festivais de cinema nacionais e internacionais; Márcio Cortez, CEO na empresa de audiovisuais 2PLAY, e João Católico, mestre em Ensino de Educação Visual.
O filme “Apofenia” está disponível para visualização nas redes sociais do estudante, tanto no Facebook como no Instagram, em @diasdogoncalo.