Os Encontros de Teatro funcionam como um espaço de partilha do curso de Teatro e Educação da ESEC com a comunidade escolar e comunidade envolvente (futuros alunos, comunidade artística e púbico interessado em prática artísticas contemporâneas). É constituído por formações e encontros com a participação dos alunos e ex-alunos e convidados especialistas para workshops.
Programa
Quarta-feira | 10 de abril 2024
[apenas para alunos de Teatro & Educação]
WORKSHOP 1 – Ficções científicas: imaginando futuros com Ana Vilela da Costa
WORKSHOP 2 – Teatro do Oprimido com Amarílis Felizes
10h00 – 13h00
Workshop 1 – Grupo A
Workshop 2 – Grupo B
14H30 – 17H30
Workshop 1 – Grupo B
Workshop 2 – Grupo A
18h00 – 19h00 – Conversa com ex-alunos de Teatro e Educação – Sofia Coelho e Manuel Petiz
Quinta-feira | 11 de abril 2024 | OPEN DAY Teatro & Educação
[participação gratuita para alunos do 12º ano, quer de escolas profissionais de teatro, quer de grupos de teatro juvenil, interessados em candidatar-se à licenciatura em Teatro e Educação]
10h30 – Receção e visita guiada ao Polo I
12h00 – Almoço na cantina da ESEC
14h00 – Visita Guiada ao Polo II por 2 alunos do 1º, 2º 3º anos
14h30 – Speed dating entre professores, alunos e visitantes (Pólo II)
15h30 – Assistir a aulas de Interpretação II
17h00 – Conversa com ex-alunos de Teatro e Educação: Fábio Saraiva, Juliana Roseiro e Nuno Gomes (Estúdio 3)
18:30 – Despedida.
Oficinas 10 de abril | apenas para alunos de Teatro e Educação
Ficções científicas: imaginando futuros | Ana Vilela da Costa (Lisboa, 1984)
Oficina
Partindo de algumas das crises que vivemos no nosso tempo tais como, crise climática, crise de poder ou crise de futuro, abordaremos processos criativos próprios da ficção especulativa e científica, no sentido de imaginar novas possibilidades de re-existir num mundo em convulsão.
Material
Espaço interior (sala) e espaço exterior. Telemóveis com dictafone/gravador e fones.
Nota biográfica
Enquanto criadora, explora fronteiras entre realidade e ficção numa prática interdisciplinar que junta performance e vídeo/som para abordar temas como memória e arquivo, ficção científica feminista e pós-humanismo.
Pertence à Associação Mergulho Urbano – Ambiente e Arte, cuja ação se centra na transformação de espaços urbanos abandonados ou em desuso em espaços verdes públicos através da reutilização de materiais.
MA na DAS Theatre (AHK) (Amesterdão) (2019). MA em Artes Performativas, pela ESTC – IPL (2014). Licenciada em Antropologia, pelo ISCSP – UL (2008). Curso de Formação Avançada em Realização de Cinema e Televisão Gulbenkian/Católica (2023); Bolseira Gulbenkian (2017/19); Bolseira GDA (2017/18); Prémio Sophia para melhor atriz secundária 2020; Prémio GDA Novos Talentos cinema 2020; Prémio António Mendes Corrêa 2008 (antropologia)
Enquanto criadora, explora fronteiras entre realidade e ficção numa prática interdisciplinar que junta performance e vídeo/som para abordar temas como memória e arquivo, ficção científica feminista e pós-humanismo.
Pertence à Associação Mergulho Urbano – Ambiente e Arte, cuja ação se centra na transformação de espaços urbanos abandonados ou em desuso em espaços verdes públicos através da reutilização de materiais.
Em cinema trabalhou com João Maia, Laura Seixas, Ricardo Oliveira, Diana Antunes, Lav Díaz, João Nuno Pinto, Pedro Varela, Guilherme Daniel, Vicente Alves do Ó, Tiago Guedes, Patrícia Sequeira, Hugo Diogo, Miguel Nunes, Farid Salame, Pedro Branco, José Fonseca e Costa, André Vieira.
Em teatro trabalhou com Enkidu Khaled, Isabel Costa, Mário Coelho, Ana Água, Ontroerend Goed, Brett Bailey, António Guedes, Christiane Jatahy, Mónica Calle, Alexandre Lyra Leite, Vilmos Vajdai, Adam Fekete, Bruno Bravo, António Simão, Ricardo Cabaça, Marco Valerio Amico, Claudio Hochman, Ávila Costa.
Das suas criações destaca:
GARDUNHA (curta-metragem); Keep the streets empty for me (audiowalk);
Like tears in rain; Search for the Sake of Searching (video-instalação); Family Album Series; Scars Project; Collecting Meaningful Silences; Alice in Underwear; Sobre a Criação de um Mundo – 1a Hipótese; “What forms of life would future viewers reconstruct from this material?” (performance).
Teatro do Oprimido | Amarílis Felizes
Oficina
A oficina terá uma componente prática, com jogos teatrais do “arsenal” do TO (para ativação sensorial e intelectual e a exploração do movimento, ritmo e som) e tem como objetivo a produção de cenas curtas, com base nos modelos dramatúrgicos propostos por Boal. O foco estará no Teatro-Fórum, mas serão abordadas e experimentadas as diferentes técnicas do TO (teatro-jornal, teatro-imagem, etc). Haverá também oportunidade para experimentar diversas técnicas de ensaio e ainda para discutir o papel do/a curinga.
Trabalharemos sobre os contextos de opressão e os temas mais próximos das preocupações do grupo de trabalho. A par disto, haverá um enquadramento teórico, histórico e político do TO, explorando a sua relação com o Teatro Dialético, Agit Prop e outras correntes estéticas.
Material
Espaço amplo para exercícios práticos e um quadro e canetas para escrever.
Nota Biográfica
Amarílis Felizes investiga e atua no campo das artes e das políticas para as artes. Começou a fazer Teatro do Oprimido(TO) em 2009 com o projeto “Estudantes por Empréstimo” e tem feito um percurso de formação e prática com as suas diferentes metodologias. Fez formação com Julian Boal (Escola de Teatro Popular, Brasil), Adrian Jackson (Cardbord Citizens, Inglaterra), Rafael Villas Boas (MST, Brasil), Sanjoy Ganguly and Sima (Jana Sanskriti, India), Olivar Bendelak (Centro de Teatro do Oprimido, Brasil), Iwan Brioc (País de Gales), entre outros. E fez também oficinas sobre o teatro dialético de Brecht com Sergio de Carvalho (USP, Companhia do Latão, Brasil) e Laura Brauer (Argentina). Participou em encontros de TO no Brasil, Croácia, Estado Espanhol e Eslovénia e tem também dado formação no contexto destes encontros internacionais, bem como em Portugal.
Desde 2012 é uma das organizadoras do Óprima! – Encontro de Teatro do Oprimido e Ativismo e em 2021, co-fundou o Laboratório de Teatro e Política, um grupo de criação e pesquisa que se reúne semanalmente no Porto. Desta prática surgiu o convite para ser co-autora de um capítulo em “The Routledge Companion to Theatre of the Oppressed” (2019).
Amarílis é atualmente estudante no doutoramento em Economia Política, desenvolvendo pesquisa sobre políticas culturais em Portugal, com financiamento FCT. Tem trabalhado em produção, assistência de encenação, direção de cena, montagem e operação de espetáculos, sobretudo de teatro, em companhias como Mundo Perfeito ou Visões Úteis e em projetos pontuais; tendo-se licenciado em Economia (FEP, 2011) e em Teatro (ESMAE, 2014). É, desde 2020, dirigente da Plateia – Associação de Profissionais das Artes Cénicas, intervindo em diversos fóruns de discussão sobre políticas culturais. Encenou cinco espéculos com grupos juvenis no âmbito do projeto PANOS, do qual é atualmente membro do júri.